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União e PP indicam desembarque certo, e governo tenta minimizar crise

Sem caminhos claros para impedir a marcha do União Brasil e do PP rumo ao desembarque, lideranças do governo Lula se dividem entre relevar o movimento dos atuais aliados e reclamar do que consideram um erro capital na divisão da Esplanada. Nessa quarta-feira (11/6), em pleno Salão Verde da Câmara, os presidentes dos dois partidos fizeram um prenúncio do rompimento com o Planalto quando publicizaram oposição à medida provisória que visa compensar o recuo na alta do IOF.

União Brasil e PP estão a caminho de formalizar uma federação, a União Progressista, e passarão a funcionar como um só partido em 2026. Juntas, as siglas comandam quatro ministérios no governo Lula. Caso mantenham os quadros atuais, elas contarão com 109 deputados e 13 senadores, tornando-se a maior bancada da Câmara e a terceira do Senado.

Na avaliação de caciques do PT, o governo fez acordos mal amarrados durante o período de transição. Eles reclamam que Lula entregou três pastas ao União Brasil, sem compromisso claro do apoio da sigla no Congresso. Outra ala petista acredita que ainda há tempo para convencer alas dos partidos a permanecerem na atual gestão, visando o projeto de reeleição do presidente em 2026.

A expectativa do governo, agora, é manter o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), alinhado ao Planalto. Ele ajudou a base governista em temas como anistia, CPMI e IOF, ao mesmo tempo em que avançou com mais espaço no governo.

O presidente do Senado tem um ministro considerado “intocável”, Waldez Góes (Integração Regional), e agora tem um indicado também na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Alcolumbre aguarda, ainda, indicações suas para agências ligadas ao Ministério de Minas e Energia. Uma lua de mel quase perfeita.

5 imagensUnião Brasil de Antônio de Rueda e PP de Ciro Nogueira devem formar federação para 2026Evento de lançamento da federação União ProgressistaLula e Davi Alcolumbre (União), presidente do SenadoAlcolumbre e HaddadFechar modal.1 de 5

Antonio Rueda, presidente do União Brasil, discursa contra medidas alternativas ao IOF

Augusto Tenório/Metrópoles2 de 5

União Brasil de Antônio de Rueda e PP de Ciro Nogueira devem formar federação para 2026

Metrópoles3 de 5

Evento de lançamento da federação União Progressista

Renato Araújo/Câmara dos Deputados4 de 5

Lula e Davi Alcolumbre (União), presidente do Senado

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 5

Alcolumbre e Haddad

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Proibição de participar do governo após federação

 

O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nessa quarta que o estatuto da federação deve ser fechado no dia 9 de julho e que o primeiro item de discussão será a proibição de qualquer filiado participar do atual governo.

A fala dele foi aplaudida por parte da bancada que acompanhava o discurso, mas sem reação expressa do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, cujo partido tem três ministérios na Esplanada.

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Nos bastidores, caciques de ambas as siglas afirmaram ao Metrópoles que avisaram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se pronunciariam publicamente contra a MP. Eles quiseram dar o recado de que a sequência seria um desembarque do governo Lula.

Na prática, a federação que tenta se colocar como uma força de centro-direita usou a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para marcar posição política.

Sem tempo de reação

O cálculo das legendas é que o presidente Lula não terá tempo, orçamento ou auxiliares capazes de reverter seu quadro político de desaprovação, principalmente após um turbulento início de 2025. Com a crise do IOF, o Planalto pode ter que fazer cortes na verba que poderia ajudar na recuperação do petista.

Esse grupo enxerga que medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode não surtir efeito diante das sucessivas crises que, na visão dos parlamentares, a própria Esplanada criou. E eles citam: a crise do Pix no início do ano, com falhas na comunicação e recuo na medida; o escândalo das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, na avaliação do Congresso, poderia ter sido diferente se a divulgação fosse melhor planejada; e a medida do IOF, vista como mais um aumento de imposto.

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