Internado há 19 dias no hospital DF Star, em Brasília (DF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece “estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial
controlada”, segundo informa novo boletim médico, divulgado nesta sexta-feira (2/5).
O ex-presidente se recupera de uma cirurgia para desobstrução intestinal realizada no último dia 13 de abril. A saída da Unidade de Teraia Intesiva (UTI) e a transferência para um quarto da unidade hospitalar ocorreram na quarta-feira (30/4). Ainda não há previsão de alta.
Veja o boletim:
“O Hospital DF Star informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se internado em acompanhamento pós-operatório. Mantém-se estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial controlada.
Continua com boa aceitação e progressão da dieta oral, com complementação nutricional por via parenteral (endovenosa). Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa.
Permanece a orientação de restrição de visitas e ainda não há previsão de alta hospitalar”.
Melhoras
Segundo os médicos, Bolsonaro apresentou melhora clínica nos últimos dias. Os exames mais recentes confirmaram evolução no quadro de saúde, com funcionamento regular do intestino e retirada das sondas. Ele já consegue ingerir líquidos por via oral e está sendo alimentado com dieta líquida, como água, chá e gelatina.
A internação ocorreu após um procedimento cirúrgico de aproximadamente 12 horas, destinado à remoção de aderências intestinais — também chamadas de bridas — e à reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pessoas que já passaram por outras cirurgias na região abdominal e podem causar dor ou obstruções.

Jair Bolsonaro e médico em retirada de sonda do nariz no hospital DF Star
Reprodução/Instagram
Jair Bolsonaro na UTI
Reprodução/Redes sociais
Jair Bolsonaro mostra cicatriz e hematomas após cirurgia
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Jair Bolsonaro na UTI
Reprodução
O que é obstrução intestinal?
- A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino.
- Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.
- Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica.
- No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.
O boletim é assinado pelos médicos Cláudio Birolini (cirurgião), Leandro Echenique e Brasil Caiado (cardiologistas), Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior (coordenador da UTI), Guilherme Meyer (diretor médico do hospital) e Allisson Barcelos Borges (diretor-geral do DF Star).