A enxaqueca é muito mais do que uma simples dor de cabeça, conforme explicado pelo neurologista Carlos Eduardo Altieri, do Hospital Sírio-Libanês, em entrevista à CNN Brasil. O especialista destacou que pessoas com enxaqueca apresentam uma sensibilidade diferenciada na região craniana, que persiste mesmo fora das crises.
Segundo Altieri, a enxaqueca se caracteriza por uma sensibilidade constante na cabeça. “É uma cabeça que dói”, afirmou o médico, ilustrando com exemplos cotidianos: “Se você quiser saber quem é o menino que está jogando futebol e que tem enxaqueca, é aquele que nunca cabeceia a bola”.
O neurologista também mencionou que mulheres com enxaqueca geralmente não gostam de usar tiaras ou bonés apertados, devido à sensibilidade aumentada. Esta condição faz com que os pacientes sejam mais suscetíveis a dores em situações que normalmente não causariam desconforto em outras pessoas.
Bruxismo e enxaqueca: uma combinação desafiadora
O especialista abordou a relação entre bruxismo e dores de cabeça. Ele explicou que, em pessoas sem enxaqueca, o bruxismo pode causar dores musculares ou tensionais. No entanto, para quem sofre de enxaqueca, o bruxismo se torna um gatilho constante, podendo tornar a vida do paciente “infernal”, nas palavras do médico.
Altieri ressaltou a importância de um diagnóstico preciso para diferenciar entre dores de cabeça comuns e enxaqueca. Esta distinção é crucial para o tratamento adequado e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, especialmente considerando que a enxaqueca afeta diversos aspectos do cotidiano, desde atividades físicas até o uso de acessórios.