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Mulher sobrevive a ataque de ex-marido violento em Alta Floresta

Nayeli Santos Alencar, de 21 anos, sobreviveu a uma tentativa brutal de feminicídio na madrugada deste sábado (29), na Rua Monte das Oliveiras, no bairro Guaraná II. O ex-marido, Leandro de Arruda Andrade, de 29 anos, que não aceitava o fim do relacionamento, trancou Nayeli dentro de casa e a esfaqueou diversas vezes. O suspeito continua foragido, e qualquer informação sobre seu paradeiro pode ser repassada à Polícia Militar pelo telefone (66) 98144-0168 ou à Polícia Civil pelos números 197 ou (65) 98170-337.

De acordo com o Corpo de Bombeiros a vítima foi encontrada na casa de vizinhos, apresentando cortes profundos no pescoço, um ferimento perfurante no ombro e lesões nas mãos, adquiridas ao tentar se defender. O ataque aconteceu quando ela foi até a casa do ex-companheiro para buscar o filho mais novo, um bebê de sete meses. Nayeli e Leandro além do bebê, o ex-casal tem duas filhas pequenas de 02 e 05 anos. Durante a agressão, Leandro afirmou que ela só sairia dali “em um caixão”.

De acordo com Nayeli em entrevista ao Nativa News, o ataque começou enquanto ela segurava o bebê. Após um empurrão, a criança bateu a cabeça em um armário. Em seguida, o agressor a golpeou pela primeira vez no pescoço, ainda com a criança no colo. Durante a agressão, o bebê caiu no chão. Nayeli tentou pegá-lo, mas, devido aos ferimentos, não conseguiu evitar que ele caísse novamente.

Nayeli relatou que o agressor já a havia ameaçado antes:

“Com medo a gente fica, porque ele já falou: ‘Se você me botar na cadeia mais uma vez, eu te mato’. E se eu não colocasse, ele ia matar do mesmo jeito.”

Depois de trancá-la na residência e descartar as chaves, o agressor continuou a investida. Desesperada, Nayeli fingiu concordar com ele para que se acalmasse. Nesse ínterim, ao fingir que limpava o chão ensanguentado, encontrou a chave embaixo do fogão, destrancou a porta e fugiu.

Mesmo longe, o medo persiste. Nayeli desabafou:

“Eu tenho medo porque ele sabe onde eu moro, ele sabe onde eu trabalho. Mas eu não vou sair do meu emprego por causa dele, não vou sair da minha casa, pagar aluguel em outro lugar, em uma cidade desconhecida, com três crianças pequenas, sem ter um emprego fixo… Eu vou viver com esse medo para o resto da vida.”

A vítima passou mais de uma hora de terror dentro da casa e, após fugir, escondeu-se por quase duas horas em uma construção abandonada no meio do mato. De acordo com Nayeli, o agressor continuou a procurá-la pelo bairro de carro. Somente às 2h05 da madrugada conseguiu pedir socorro para os vizinhos, que acionaram o resgate. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar foi acionada, mas, ao chegar à residência, Leandro de Arruda Andrade já havia fugido. Rondas foram realizadas, porém o suspeito não foi localizado. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio e violência doméstica.

O crime ocorreu em março, mês dedicado à conscientização e ao combate à violência contra a mulher. No Brasil, a cada seis horas, uma mulher é assassinada em razão do gênero. Além disso, a cada 15 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país. Esses dados alarmantes evidenciam a urgência de medidas eficazes para proteger as mulheres e combater a violência de gênero.

Apoio e Denúncia

Em Alta Floresta, mulheres vítimas de violência contam com o Núcleo de Atendimento à Mulher, na Polícia Civil, e com o Programa Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, que oferecem apoio especializado.

Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelos telefones:

180 (Central de Atendimento à Mulher)

190 (Polícia Militar)

197 (Polícia Civil)

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