Três proprietários de imóveis rurais em Mato Grosso integram a “lista suja” do Ministério do Trabalho, que reúne empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.
A lista é feita semestralmente pelo órgão, e foi publicizada na quarta-feira (9). Foram incluídos 155 novos nomes, entre pessoas físicas e jurídicas, elevando o total para 745 registros.
A lista tem como objetivo expor publicamente os responsáveis por violações trabalhistas graves.
Integram a lista:
– Roberto dos Santos (Comodoro). Duas pessoas resgatadas em sua propriedade.
– Eduardo Antônio Barros da Silva (Fazenda Filadélfia, Nova Xavantina). Um trabalhador libertado.
– Vilson Balotin (Sítio Recanto Feliz, Juína). Um funcionário resgatado.
Veja a lista completa dos nomes clicando AQUI.
O maior caso registrado no estado ocorreu na Fazenda Bom Jesus, em Paranatinga, onde 14 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes.
O proprietário, José Inácio Rodrigues Vargas, possui financiamento de R$ 3,5 milhões do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), aprovado em 2020, além de multas ambientais desde 2008.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 4/2016, os nomes permanecem na lista por no mínimo dois anos.
Durante esse período, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) monitora as empresas e propriedades envolvidas. Se novas irregularidades forem detectadas, o prazo pode ser prorrogado por mais dois anos.
O governo disponibiliza um canal online para denúncias anônimas de trabalho escravo e infantil. As informações podem ser registradas sem identificação do denunciante. Clique AQUI para denunciar.