Começou neste domingo (8) o vazio sanitário da soja em Mato Grosso, uma estratégia de defesa agropecuária que proíbe, por 90 dias, o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento.
A medida segue em vigor até o dia 6 de setembro e tem como objetivo prevenir a propagação da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), uma das principais ameaças à cultura da soja no país.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que integra ações coordenadas de defesa sanitária vegetal, pesquisa agrícola e assistência técnica para fortalecer o sistema de produção da oleaginosa no Brasil.
O fungo causador da ferrugem asiática compromete o desenvolvimento da planta, provocando amarelecimento, bronzeamento e queda precoce das folhas, o que afeta diretamente a formação dos grãos e pode causar grandes prejuízos à produção.
A normativa com o calendário do vazio sanitário está prevista nos regulamentos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), órgão responsável pela fiscalização e monitoramento das áreas de cultivo no estado.
Somente em 2023, durante o mesmo período, fiscais do Indea realizaram 5.825 vistorias em propriedades rurais.

Durante os três meses de proibição, equipes do Indea farão novas fiscalizações para garantir o cumprimento da medida. Sojicultores que descumprirem o vazio sanitário estarão sujeitos à aplicação de multas.
Em caso de dúvidas, os produtores podem procurar a unidade do Indea mais próxima ou acessar os canais oficiais de atendimento do órgão.