O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou hoje o balanço da Operação Xapiri, deflagrada na semana passada com foco no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Kayabi, localizada entre as cidades de Apiacás (487 km de Sinop) e Jacareacanga, no Pará. A ação ocorreu com apoio do Batalhão de Operações Especiais de Mato Grosso (Bope) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
A operação, que ocorreu na semana passada, destruiu 23 balsas, além de 15 embarcações, diversas estruturas logísticas e milhares de litros de combustível utilizados nas atividades ilícitas. Em uma das balsas, fiscais do Ibama também encontraram fósseis de animais – evidência de que, além dos impactos ambientais, havia prejuízos paleontológicos.
A presença de dragas e balsas na região provoca contaminação, assoreamento e destruição das margens do rio, comprometendo a reprodução de peixes e ameaçando a subsistência dos povos indígenas e ribeirinhos. Somente neste ano, já são quase 50 balsas inutilizadas no rio Teles Pires, apontou o IBAMA.
Segundo as autoridades, a neutralização da infraestrutura ilegal é essencial para interromper o ciclo de exploração predatória, que, se não contido, aumenta os danos ambientais e coloca em risco a cultura e o modo de vida dos povos Kayabi – Apiaká, Kawaiwete e Munduruku.
A Operação Xapiri integra o Plano Anual de Proteção Ambiental (Pnapa) do Ibama, que prevê ações sistemáticas de fiscalização nas Terras Indígenas.
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