Em meio a uma crise envolvendo o Congresso por causa do pacote arrecadatório enviado pelo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu neste sábado (14/6) ministros palacianos e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O encontro acontece no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Participam a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que editou a Medida Provisória (MP) com o pacote arrecadatório que substituiria o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não participou da reunião entre os presidentes do Executivo e Legislativo.
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“A boa política começa no orçamento e não na propaganda”, disse Motta.
Ian Rassari/Divulgação2 de 5
Gleisi tem conversado com parlamentares
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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 5
O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto5 de 5
Arthur Lira foi escolhido como relator da proposta de reforma do IR
Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Lula tenta destravar a MP, que foi amplamente rejeitada no Congresso. Motta deu declarações que sinalizam a insatisfação da Câmara com o texto, e pautou para esta segunda-feira (14/6) a urgência de um projeto para derrubar o decreto que arrefeceu o aumento do IOF. O governo se preocupa porque precisa arrecadar quase R$ 20 bilhões para fechar o ano dentro da meta fiscal.
O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) também participou. Ele é o relator do projeto que isenta de pagar imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil. A proposta é a principal aposta do governo Lula para alavancar sua popularidade e chegar competitivo na eleição presidencial de 2026.
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No Congresso, há um clima de insatisfação com o governo, até com partidos da base ameaçando votar contra a MP e se organizando com a oposição para derrubar o decreto do IOF.
Antes do encontro deste sábado, auxiliares do presidente Lula já aceitam, nos bastidores, o panorama difícil no Congresso Nacional para a MP arrecadatória que compensa o recuo no aumento do IOF. Caciques do PT calculam que conseguirão salvar, no máximo, parte do texto enviado pelo Planalto,