A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide, na tarde desta terça-feira (20/5), se torna réus os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) do núcleo 3 da suposta trama golpista para anular o resultado das eleições de 2022. Durante o seu voto, o ministro Alexandre de Moraes chamou Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que é neto do ex-presidente ditador João Figueiredo, de “pseudojornalista”.
A data do julgamento do núcleo 5 ainda não foi marcada, pois o empresário Paulo Figueiredo, único acusado do núcleo, reside fora do Brasil e não foi localizado para ser notificado.
Figueiredo foi denunciado por incitar militares em aparições públicas e por vazar documentos em alusão à trama golpista. Ao citar a carta escrita pelos denunciados para coagir o alto comando do Exército a aderir ao golpe, Moraes disse que o jornalista teve o papel de divulgar o texto para pressionar os comandantes militares do Nordeste, Sudeste e Sul.
“Se normalizou que um pseudojornalista pudesse atacar generais comandantes de região, jogando parte da população contra eles, dizendo que eles deveriam ser atacados por eles serem contrários por uma ação mais contundente das Forças Armadas. Mas contundente no que?”, disse Moraes no julgamento.
O ministro Alexandre de Moraes entende que Figueiredo Filho usou da sua posição de comunicador para pressionar e provocar cooptação do alto comando do Exército.
“Quem vazou a carta aos comandantes, a carta golpista? O denunciado do núcleo 5, do núcleo de desinformação também está com pedido de prisão preventiva decretado e está foragido do Brasil. Atenta contra a democracia do Brasil sem ter coragem de viver no Brasil, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que não verdade só tem influência nas Forças Armadas porque é neto do último presidente durante o tempo de golpe militar, o presidente João Batista Figueiredo”.