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Carne de origem ilegal ainda entra no mercado, revela auditoria do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta quarta-feira (14) os resultados do segundo ciclo de auditorias feitas na cadeia da pecuária bovina na Amazônia Legal. Em Mato Grosso, nove frigoríficos participaram da auditoria, três deles cumpriram integralmente os critérios socioambientais. Juntas, essas empresas respondem por 82% do volume de abate e exportações do estado.

9 frigoríficos participaram da auditoria em MT. (Foto: Reprodução)

A avaliação integra o monitoramento do Termo de Ajustamento de Conduta da Carne Legal (TAC da Carne), firmado há mais de 15 anos para coibir a compra de gado oriundo de áreas desmatadas ilegalmente, terras públicas invadidas ou propriedades ligadas a trabalho análogo à escravidão.

No ciclo atual, que cobriu o período de 2022, foram auditadas 89 unidades frigoríficas nos estados de Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins.

Entre os destaques, o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) afirmou que apoia ações que valorizem a sustentabilidade e anunciou a elaboração de uma proposta de “passaporte verde”, uma lei estadual que deve estabelecer padrões ambientais para o setor.

A carne mato-grossense já é exportada para mais de 80 países. Só no primeiro trimestre de 2025, o volume de exportações aumentou 17%, somando 145 mil toneladas. No mercado interno, o crescimento foi de 11%, com 746,1 mil toneladas comercializadas.

Apesar dos avanços, o MPF apontou problemas recorrentes, como a entrada de animais provenientes de áreas ilegais por meio de fornecedores indiretos que burlam o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O procurador Daniel Azeredo explicou que a prática funciona como uma “lavagem de gado”, dificultando o controle pelos frigoríficos.

AUDITORIA CARNE
MPF apontou problemas recorrentes, como a entrada de animais provenientes de áreas ilegais (Foto: MPF-MT)

Ainda segundo o MPF, frigoríficos signatários do TAC apresentaram índices de irregularidades treze vezes menores do que os que não assinaram o acordo. Por isso, o órgão anunciou novas medidas: ações judiciais contra empresas sem TAC, articulação com órgãos de fiscalização e a implementação de um protocolo nacional de rastreabilidade da cadeia produtiva.

O procurador Ricardo Negrini destacou que as mudanças precisam ser feitas com transição e apontou que não adianta tornar obrigatória uma regra da noite para o dia se os frigoríficos tiverem que bloquear dezenas de fazendas. Segundo ele, a implementação será gradual para garantir efetividade.

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