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Polícia apura suposta extorsão contra empresária investigada

A perícia realizada nos celulares da empresária Julinere Goulart Bentos, monitorada por tornozeleira eletrônica por suspeita de ser a mandante do homicídio do advogado Renato Nery, em julho passado, em Cuiabá, sugere que ela teria sido vítima de uma possível extorsão em troca do silêncio dos policiais presos no caso.

 

A informação foi confirmada ao MidiaNews por uma fonte da Polícia Civil.

 

Julinere e seu esposo, Cesar Jorge Sechi, foram alvos da Operação Office Crime – O Elo, deflagrada em 17 de abril, quando a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) cumpriu ordens judiciais contra o casal, que mora em Primavera do Leste. 

 

As medidas determinadas contra os dois foram a proibição de se ausentar da cidade, retenção de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica. Eles já tinham sido alvos de operação em novembro passado. 

 

Conforme apurado pela reportagem, um escritório de advocacia de Cuiabá enviou mensagens à empresária avisando-a, 15 dias antes da Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada no dia 6 de abril, sobre a iminente prisão de cinco militares suspeitos pelo crime. 

 

São eles: Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Jorge Rodrigo Martins. Já o ex-Rotam Heron Teixeira Pena Vieira se entregou na delegacia no dia 7. Ainda segundo a fonte da Polícia, existe a suspeita de que ele também soubesse que seria alvo.

 

A perícia ainda encontrou dados com teor semelhante no celular do policial militar Jackson Pereira Barbosa, vizinho de Julinere, que foi preso no dia 17 de abril, apontado como o intermediário do homicídio.

 

A tese investigada pelos policiais da DHPP é de que a informação tenha sido compartilhada com a finalidade de extorquir a empresária a pagar pelo silêncio dos policiais.

 

Caso a Polícia confirme o envolvimento do escritório de advocacia, os suspeitos podem ser detidos preventivamente por tentativa de embaraço das investigações, devido ao risco ao curso do inquérito.

 

As participações e indiciamentos

 

Conforme a investigação revelou até o momento, Leandro, Wailson, Wekcerlley e Jorge teriam sido responsáveis pela ocultação da arma do crime, que foi plantada em um confronto forjado no dia 12 de julho, em Cuiabá, que resultou na morte de um homem e feriu outros dois. Por esse crime, eles foram indiciados na quarta-feira (30).

 

Já o policial militar e ex-Rotam, Heron Vieira, seria um dos arquitetos do homicídio de Nery, que, após ser supostamente contratado pelos mandantes, teria cooptado Alex Roberto para cometer a execução.

 

A ligação entre eles, segundo a Polícia, foi identificada no celular do caseiro, onde a perícia teria encontrado conteúdos que o liga aos PMs detidos, além de uma testemunha-chave que afirma ser ele o executor de Nery.

 

Heron e Alex Roberto foram indiciados pela DHPP na quinta-feira (1), por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

 

“Limpeza” de dados

 

A perícia no celular de Julinete ainda constatou que, no dia 9 de julho, quatro dias após o assasinato de Nery, a empresária realizou uma formatação no aparelho. 

 

Outras prisões

 

No dia 14 de abril, a DHPP prendeu, em Cuiabá, Kaster Huttner Garcia, e apreendeu um carro. Ele teria atuado como auxiliar do crime, sendo responsável por buscar, na cidade de Barão de Melgaço, a motocicleta utilizada pelo executor do homicídio. 

 

Já no dia 17 de abril, na segunda fase da Operação Office Crime – O Elo, em Primavera do Leste e Cuiabá, além de Jackson Barbosa, também foi preso o PM Ícaro Nathan Santos Ferreira, que atua na Inteligência da Rotam. Ícaro seria o responsável por obter a pistola usada no homicídio.

 

Jackson havia sido alvo da primeira fase da Operação Office Crime – O Elo, deflagrada o dia 8 de abril, ocasião em que teve o aparelho celular apreendido. 

 

O homicídio 

 

Ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por sete tiros, no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. 

 

Socorrido com vida, ele foi levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

 

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