A perícia realizada no corpo da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, apontou que ela foi morta por estrangulamento com um cabo USB de celular e posteriormente levada a um poço no bairro Ribeirão do Lipa, onde o corpo foi encontrado.
O padrasto Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, seu filho, Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos, e dois adolescentes foram presos suspeitos de participação no crime.
Foi uma pessoa, um agente, que desenvolveu a ação por trás, usando um cabo USB de celular
Segundo o perito criminal André Messias, os ferimentos encontrados na adolescente indicavam marcas de estrangulamento no pescoço, compatíveis com o uso de um cabo USB, para celular.
“A ação não aconteceu ali. Ela chegou ao local já sem vida. Foi uma pessoa, um agente, que desenvolveu a ação por trás, usando um cabo USB de celular. Havia a marca do sulco no pescoço, compatível com o cabo que encontramos em outra residência no bairro Ribeirão do Lipa, onde também estavam documentos da vítima”, explicou o perito.
Messias acrescentou que as marcas no pescoço mostram que Heloysa tentou se desvencilhar do agressor, o que provocou oscilações no posicionamento do cabo.
“Ela reagiu. Tanto que o cabo oscilou verticalmente no pescoço, o que demonstra que ela tentou se livrar, mas não conseguiu. Há uma descontinuidade de cerca de quatro centímetros, indicando que a pessoa estava posicionada atrás dela no momento do estrangulamento”.
Ainda segundo o perito, o corpo foi colocado dentro do poço com a ajuda de um cabo, que acabou se rompendo durante a ação. A forma como a jovem foi deixada no local sugere que o suspeito era próximo da vítima, diz o perito.
“O local do crime fala por si só. Percebi que os autores do crime não eram desconhecidos da vítima, pois tomaram certos cuidados. Tanto que desceram o corpo com certo cuidado, mas o instrumento se rompeu, e ela acabou caindo de uma altura de três metros”, concluiu Messias.
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