O governador Mauro Mendes (União) afirmou que apoio a proposta do Governo Federal que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe R$ 5 mil mensais.
Ele, porém, classificou como “preocupante” os possíveis impactos financeiros para estados e municípios.
Segundo estimativas da Receita Federal, essa mudança pode reduzir em cerca de R$ 5 bilhões os repasses aos estados e municípios. Em especial, devido ao impacto do ICMS (imposto estadual) sobre grande parte dos servidores públicos, que podem passarão a ser isentos.
O Governo Federal será o maior prejudicado e vai pagar a conta disso se não compensar. Já está pagando, e o brasileiro também
“Olha, preocupa, mas tem que isentar mesmo. Eu sou favorável”, afirmou o governador ao ser questionado sobre a possível queda de arrecadação na noite de terça-feira (25).
No projeto de lei encaminhado pelo Governo Lula (PT) ao Congresso Nacional, trata que a compensação dessas perdas deverá ser feita pela maior tributação sobre pessoas que recebem alta renda.
Ocorre que, como a matéria pode passar por modificações no Congresso Nacional, essa compensação pode não ser total.
“Quem paga a conta é o cidadão”
Mendes afirmou que, caso a compensação não ocorra, o maior prejudicado será o próprio Governo Federal e, por consequência, a população.
“O Governo Federal será o maior prejudicado e vai pagar a conta disso se não compensar. Já está pagando, e o brasileiro também. Erros de governo, quem paga a conta é o cidadão”, afirmou.
O governador ainda fez um paralelo com a gestão estadual, ressaltando que Mato Grosso tem apresentado bons resultados econômicos e fiscais nos últimos anos.
“Se o Mauro Mendes como governador errar feio, o cidadão mato-grossense paga esse preço. Como, graças a Deus, nos últimos anos nós estamos acertando muito mais do que erramos, o saldo é muito positivo”, disse.
“Se o presidente da República errar mais do que acertar, todos nós, brasileiros, vamos pagar essa conta”, completou.
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